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16 de outubro de 2011

- Está confundindo algo...

  - Você não pode ter certeza disso... Nem mesmo em relação a você. - ele dizia, adivinhando seus pensamentos.
  - Quando os sentimentos se confundem e você começa a pensar que sente o que não quer ou que não sente o que quer, mas, na realidade, quer sentir o que...
  - E, como você sabe se eu realmente não quero sentir? - ele respondeu, analisando-a.
  - Eu não sei... somente deduzo algo que encontro na mais simples flor. Estamos em um mundo de mortes.
  - Deixe-me perguntar algumas coisas. Quando se está apaixonado... suas mãos suam ao chegar perto desse alguém?
  - Se esse alguém for especial de verdade, acho que sim - ela pensou antes de responder. Logo que suas palavras foram pronunciadas, ele segurou sua mão.
  - O coração acelera? - ele prosseguiu, fitando-a.
  - Incontrolavelmente. - ele levou uma de suas mãos ao coração.
  - E quando se está perto dela, o mundo some, como se restasse somente ela, ou como se somente ela fosse importante para restar?
  - Com uma força que seria capaz de te exilar do universo.
  - E quanto aos sorrisos que ela dá, quanto a cada palavra que ela diz que é capaz de te transportar para outro ser, quanto a cada gesto que ela faz que você espera que seja pensando em você?
  - De uma maneira que te faz levitar quando é verdade. - ele a olhava nos olhos. Talvez, um pouco mais fundo... em sua alma.
  Os dois se olhavam intensamente. Ela sentia que suas mãos suavam, que seu coração estava acelerado e que o sorriso dele, que as ações dele, que os pensamentos dele eram dela. Ele diminuia a distância entre os rostos. Chegaram a encostar suas testas, como se um apoiasse o outro. Ela fecha os olhos. Ele deixa seus lábios a centímetros dos dela. Ela sente uma corrente elétrica percorrer seu corpo... e aquela sensação novamente a assombrou.
  A confusão de sentimentos, lembra? - ela deu um passo para trás, estendendo a mão - Amigos?
  - Amigos - ele apertou sua mão e sorriu.

1 de outubro de 2011

Saudade...

 I miss you...
 Du fehlst mir...
 Jeg savner dig...
 Te echo de menos...
 Tu me manques...
 Ik mis je...
 Hiányzol...
 Mi manchi...
 Ego te requiro...
 Te extraño...

Nada. Nada serve. nada diz o mesmo que eu quero dizer, o mesmo que eu preciso dizer.Para que tudo isso? Uma palavra tão simples sem tradução para as demais línguas...Um sentimento tão puro e intenso habita o coração de todos os povos... Tão mais simples dizer somente: SAUDADES DE VOCÊ!