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16 de outubro de 2011

- Está confundindo algo...

  - Você não pode ter certeza disso... Nem mesmo em relação a você. - ele dizia, adivinhando seus pensamentos.
  - Quando os sentimentos se confundem e você começa a pensar que sente o que não quer ou que não sente o que quer, mas, na realidade, quer sentir o que...
  - E, como você sabe se eu realmente não quero sentir? - ele respondeu, analisando-a.
  - Eu não sei... somente deduzo algo que encontro na mais simples flor. Estamos em um mundo de mortes.
  - Deixe-me perguntar algumas coisas. Quando se está apaixonado... suas mãos suam ao chegar perto desse alguém?
  - Se esse alguém for especial de verdade, acho que sim - ela pensou antes de responder. Logo que suas palavras foram pronunciadas, ele segurou sua mão.
  - O coração acelera? - ele prosseguiu, fitando-a.
  - Incontrolavelmente. - ele levou uma de suas mãos ao coração.
  - E quando se está perto dela, o mundo some, como se restasse somente ela, ou como se somente ela fosse importante para restar?
  - Com uma força que seria capaz de te exilar do universo.
  - E quanto aos sorrisos que ela dá, quanto a cada palavra que ela diz que é capaz de te transportar para outro ser, quanto a cada gesto que ela faz que você espera que seja pensando em você?
  - De uma maneira que te faz levitar quando é verdade. - ele a olhava nos olhos. Talvez, um pouco mais fundo... em sua alma.
  Os dois se olhavam intensamente. Ela sentia que suas mãos suavam, que seu coração estava acelerado e que o sorriso dele, que as ações dele, que os pensamentos dele eram dela. Ele diminuia a distância entre os rostos. Chegaram a encostar suas testas, como se um apoiasse o outro. Ela fecha os olhos. Ele deixa seus lábios a centímetros dos dela. Ela sente uma corrente elétrica percorrer seu corpo... e aquela sensação novamente a assombrou.
  A confusão de sentimentos, lembra? - ela deu um passo para trás, estendendo a mão - Amigos?
  - Amigos - ele apertou sua mão e sorriu.

1 de outubro de 2011

Saudade...

 I miss you...
 Du fehlst mir...
 Jeg savner dig...
 Te echo de menos...
 Tu me manques...
 Ik mis je...
 Hiányzol...
 Mi manchi...
 Ego te requiro...
 Te extraño...

Nada. Nada serve. nada diz o mesmo que eu quero dizer, o mesmo que eu preciso dizer.Para que tudo isso? Uma palavra tão simples sem tradução para as demais línguas...Um sentimento tão puro e intenso habita o coração de todos os povos... Tão mais simples dizer somente: SAUDADES DE VOCÊ!

18 de setembro de 2011

O que eu faço?

  Se o mundo cai aos seus pés e você sente que ele é pesado demais para levantá-lo, o que você faz? Aguarda até que ele esteja morto realmente sozinho ou até que alguém pise-o e o mate mais rápido? Não é mais fácil você mesma destruí-lo? Pode ser que seja mais prazeroso... e, de uma certa, a vitória não seria destes que me derrubaram, visto que eu me encaixo nesses seres. É. O que eu faço?

14 de setembro de 2011

Traduções... (3)

    "I need you"
    Se for realmente ficar tudo bem, desse jeito, eu não quero. Eu não quero que algo aconteça para que tudo fique bem se eu não tiver você comigo. Se eu digo que preciso de você, é porque eu preciso de você para estar bem ou mal, para sorrir ou chorar... Eu simplesmente preciso de você. Preciso.
     Custa muito acreditar que eu realmente preciso de você?

25 de agosto de 2011

My First Kiss - Scorpio

        E quem disse que um trabalho escolar não pode ser divertido e perfeito? Pois bem, eu digo que isso é mais que possível.
        Diante de uma proposta de atividade proposta por meu professor de informática, surgiu um dos vídeos mais perfeitos ^^





Esses são meus amores <3'
Essa é a minha Scorpio <3'

21 de agosto de 2011

É exatamente assim

  Amigos conversam um com o outro. Amigos se preocupam um com o outro. Amigos riem com e do outro. Amigos fazem piadas com e do outro. Amigos sonham um com o outro. Amigos choram um com o outro. Amigos contam coisas relevantes e idiotas um para o outro. Amigos acordam um o outro com sms ou chamadas no celular em plena madrugada. Amigos ficam super felizes ou super tristes com o que acontece com o outro. Amigos são capazes de matar aqueles que machucaram o outro. Amigos são capazes de consolar um o outro. Desculpe, mas acho que iss não é exatamente o que há entre nós...

19 de agosto de 2011

Traduções... (2)

Se eu disser que não quero mais te ver ou que quero que você se afaste de mim para sempre e que me esqueça, por favor, jure que nunca me abandonará e que sempre estará ao meu lado. Porque, nesse momento, eu precisarei de ajuda e de apoio, precisarei de auxílio para me encontrar novamente. Um pedido de socorro.

12 de agosto de 2011

Talvez morrendo aos poucos...

   Há lugares onde eu me sinto bem, outros onde eu me sinto muito mal. Porém, o que realmente me assusta, pelo o que eu vejo hoje, é a mudança com a qual o mundo começa a me enxergar, o que chega a ser realmente estranho. Sei lá, é uma sensação boa que incomoda. Sim, talvez seja possível que eu tenha mudado, porque eu tenho a certeza de que essa capa que me vestia chegava a ser repulgnante e enjoativa.
  Conforme as arvores correm ao meu redor, começo a perceber quem realmente é cada um q
ue me cerca. Mas, eu não sei até que ponto isso é bom. Parecia ser tudo tão mais simples antes, tão menos dolorido... O que me mata aos poucos é essa transformação, a transformação de um lugar onde eu achava que me sentia bem para um lugar onde já não suporto nem olhar mais para a face daqueles que lá estão. Até poderia dizer que sinto falta de como era antes, mas isso seria o mesmo que dizer que derramei lágrimas em vão e que estaria disposta a me enganar  novamente com uma máscara de boa moça que, na verdade, nunca serviu muito bem em mim.

   Não, acho que estou bem melhor agora. Acho que já estou disposta a deixar minha estrela brilhar sem nenhuma lanterna para fingir um brilho maior e fosco.

10 de agosto de 2011

Um presente mínimo...

           Enquanto eu chorava, você chorava junto e tentava me consolar.
           Quando eu ri, gargalhei, sorri, você riu, gargalhava, sorria junto e tentava fazer com que isso nunca parasse.
           Aí veio a época de confusões, quando eu queria fazer 1000 coisas ao mesmo tempo, quando eu já nem sabia mais o que ou quem eu era. Podem chamar isso do que quiserem: crises psicológicas, exagero ou seja lá o que mais. Porém, sabe o que realmente importa? Você conseguiu me fazer enxergar que isso era só o começo, que tudo estava bem rs's. Na verdade, estava mesmo, às vezes nossas mentes aumentam muito nossos problemas.
           Você é forte. Uma de minhas bases. É uma das pessoas mais importantes que eu conquistei em toda a minha vida. São aquela que por mais que eu tente afastá-la, você é extremamente teimosa a ponto de não fazer o que eu falo que é melhor. E, o que eu digo quanto a isso?
            Acho que só tenho que agradecer. Obrigada, amiga. Obrigada por ser a amiga mais louca, mais teimosa, mais folgada, mais palhaça  que eu tenho <3' Já disse, que você é uma das melhores amigas que uma pessoa pode ter.Obrigada mesmo.
            É. Acho que isso.... AH, só tenho mais uma coisa a dizer: Parabéns ^^ Dezessete aninhos, Lethy =P



Dedicado a: Letícia, meu ursinho de pelúcia rs's, minha BFF <3'

30 de julho de 2011

O real imaginário

Gritos e mais gritos. Gritos de pavor, gritos de desespero. Gritos fracos e ratejantes, apensa ecos de mais um momento de tortura imaginária. Agora que o terror passou, as pessoas ao meu redor começam a tentar se aproximar de mim. Não para me ajudar ou me perguntar se estou bem, mas para voltar ao seu destino. Olham-me estranhamente, como se me julgassem louca. Parecem temer. Será que eles não sabem que sou normal, que sou gente, que sou humana? Que sou igual a eles?
Espere! Há alguém se aproximando... O que ela quer? Por que ela não se afastou de mim como todos os outros? Ela estendeu a mão para me ajudar a levantar. Relutante por um momento, resolvi aceitar. Só então me dei conta de minha situação: sentada no chão, com minhas malas semi-abertas, a roupa que eu vestia estava suja e até um pouco rasgada, Creio que essa mulher percebera minha percepção de mim mesma, pois ela sorriu tristemente para mim:
- Vamos, vou ajudá-la a se recompor... - e assim me levantou, ajeitando sua bolsa em seu ombro. Pediu para um funcionário do aeroporto deixar minhas coisas junto às dela.
Ao chegarmos no banheiro, não pude deixar de notar-me do outro lado do espelho. Com uma visão mais ampla, pude perceber quem eu era, uma garota maluca sozinha em um aeroporto, com sua vida entregue a uma mala com roupas. Enquanto eu me apresentava a mim mesma, a desconhecida me auxiliava com meu cabelo. Ela falava, mas, no momento, incompreensível para sua receptora. Ouvi ela me perguntar se eu estava cosciente do que havia ocorrido há minutos, assim que me virou para organizar as cores que se misturavam em meu rosto. Fechei os olhos para ver se conseguia me lembrar de algo, oq ue facilitou para minha ajudante tirar algo de meus olhos. Quando voltei a abri-los, fiz com a cabeça que não. Ela riu, delicadamente e perguntou se poderia me contar. Sem coragem para pronunciar qualquer palavra, pedi com um olhar suplicante que não me escondesse nenhum detalhe.
Claro! Era óbvio! Mais um de meus ataques de loucura, mas... parecia tão real!
- E foi real. - confortando-me, parecia que ela lia meus pensamentos - Real para você, no seu mundo. E é isso que realmente importa...
Algo quente escorreu por minhas bochechas, levando consigo um sentimento indefinido, acho que era a lembrança de que acontecera, e deixando um rastro de rímel que minha ajudante passara em meus cílios.

15 de julho de 2011

SKYSCRAPER - Demi Lovato

Skies are crying                                                                                              
I am watching                                                                            
Catching teardrops in my hands                                                 
Only silence as it's ending, like we never had a chance                
Do you have to, make me feel like there is nothing left of me?      


You can take everything I have
You can break everything I am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!

As the smoke clears
I awaken, and untangle you from me
Would it make you, feel better to watch me while I bleed?
All my windows, still are broken
But I'm standing on my feet
 You can take everything I have
You can break everything I am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!

Go run, run, run
I'm gonna stay right here
Watch you disappear, yeah
Go run, run, run
Yeah it's a long way down
But I am closer to the clouds up here

You can take everything I have
You can break everything I am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper, Oh
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!


Não vou ficar bem!

Querido Diário....

    Por que todos me mandam ficar bem? Será que eu não posso ter meus momentos? E, ficar bem para que? Para manter as  aparências e não deixar transparecer aos 4 ventos que meu mundo já desabou? Claro, afinal, vivemos em uma sociedade de aprências, na qual me sustento entre ruínas, com falsos sorrisos que doem naqueles que os sentem em sua real essência; numa sociedade na qual todos querem controlar e comprar sentimentos, aflições e medos alheios; nunma sociedade a qual seu hobby é ignorar justificativas de sofrimento de terceiros e tentar justificar de maneira suja a dor que causa. Quer uma prova? Por que me mandou ficar bem se nem sabe ou, ao menos, compreende o porquê de eu estar mal? Muito prazer, esse é o nosso caráter, nossa personalidade inegável.

11 de julho de 2011

Traduções ... (1)

  •  Quando eu digo que preciso ouvir palavras ou vozes amigas não significa que preciso ouvir conselhor ou sermões, mas sim que eu ficaria extremamente grata somente por me ouvir e, no final, dizer: 'estou aqui, como você, sempre'

9 de julho de 2011

A Menina Que Não Sabia Ler

 
  Segundo o autor:     John Harding
'Na Tradição de Henry James e Edgar Allan Poe, uma história incrível sobre uma menina e o poder de sua imaginação.
1891. Nova Inglaterra. Em uma distante e decadente mansão, onde nada é o que parece, dois irmãos são negligenciados pelo seu tutor e tio. A jovem Florence, de apenas 12 anos, passa os dias cuidando de seu irmão mais novo Giles e perambulando pelos corredores, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que, um dia, a menina encontra a biblioteca proibida da mansão, e apaixona-se por ela.
Mas existem segredos sombrios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Por que Florence se sonha com uma misteriosa mulher que insiste em ameaçãr seu irmão? O que esconde a nova perceptora? E por que o tio não permite que ela aprenda a ler? Florence precisa encontrar muitas respostas - sejam elas inventadas ou não, e soluções nem sempre fáceis para proteger Giles, e o seu amor pelos livros, antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário.'

  Segundo a leitora:     Ou seja, eu! =P

   Um livro que te prende na história, que consegue te envolver e te faz sentir tudo o que torna a cabeça da pequena Florence uma verdadeira confusão... Na tentativa de proteger a si mesmo e ao irmãozinho Giles, a garota passa por muitas aventuras, principalmente em seu mundo secreto: a Biblioteca! A história vai ficando sufocante a medida que a Senhorita Taylor se aproxima de Giles... Utilizando-se de detalhes mórbidos, a aflição que nossa narradora provoca vai se transformar em um mosaico macabro apaixonante. E dois medos que a consomem, envolvendo seus dois amores: A biblioteca e seu irmão.
    E, só para lembrar: quando um autor faz um livro em primeira pessoa, ele quer te convercer de algo... E de que será que nossa garota Florence quer te convencer?

"O cisne
 Foi em abril, eu me lembro, embora em meu espírito fosse dezembro,
Que um pássaro ferido foi retirado do lago,
As penas brancas bilharam ao sol, e de sua boca escorreu a água negra,
Enquanto por dentro minha voz gritva até pensar que meu coração iria se partir;
Fui eu quem assistiu à sua morte, seguindo à deriva, à deriva, esperando em sua vigília
Que Deus levasse sua alma"

7 de julho de 2011

Sob o sol

   E então o sol brilhou. Brilhou como nunca havia brilhado. Seu coração se acalmou, e um esboço de um sorriso surgia em seu rosto... Sentada a beira-mar, a brisa da solidão soprava seu rosto, os fios de cabelo dourados eram jogados em sua face. Agradava-lhe aquela sensação... Sozinha, completamente só. Sim, era isso que ela havia buscado a tanto tempo. Mas, por que eles não voltaram? Por que não insistiram em lhe fazer companhia? Ela não falara a sério em seu discurso... Ninguém percebeu. Claro! Ninguém reparou na lágrima errante que percorreu seu rosto, ninguém reparou no tom estérico  de sua voz, ou talvez todos houvessem reparado... Mas também, o que importa? Já faz tanto tempo... E por que? Por que não estavam sentados ao seu lado nesse momento? Seria necessário pedir? Pedir para que seus amigos a conheçam? Pedir para que eles a critiquem, a auxiliem, briguem, gritem, irritem... a ame... a ajudem... cuidem... se preocupem? A maré umidecia seus pés, acariciando-a, como se trouxesse a resposta, como se mandasse um aviso. Acreditaram que ela estava bem na primeira resposta, não!Ela até poderia estar bem, mas não tão forte quanto achava... Um. Dois. A respiração audível, nesse instante, foi interrompida pelo som de grãos de areia amassados. As pegadas se aproximavam cada vez mais. Estava acelerada, e acelerando continuava. Ela fechava os olhos, a luz solar foi dando espaço a sua inimiga, a escuridão. Fechar os olhos ajuda a diminuir a curiosidade e os  anseios. Os passos estabilizaram, estáticos, sem oscilações. Agora, estavam parados atrás da menina, a um centímetro para encostá-la. Novamente, a única coisa que ela ouvia era sua respiração. Ao virar-se, obriu os olhos. Ela pôde, assim, perceber que seu novo companheiro era só a sua mente, pois a brisa voltou a soprar sua face sem nenhum obstáculo. Não há como negar: ela está sozinha.
   E, mais uma vez, a última folha da árvore da esperança pousa no chão em uma tarde de primavera

2 de julho de 2011

Tantos Machucados



"Tão fria. Tão grossa. Tão seca. É assim que ela se torna depois de tantos machucados.
Mas... O que fazer quando você sente que teu mundo está a desmoronar? O que fazer quando nada mais parece lhe fazer sentido? O que fazer quando teus próximos não gostam de teus próximos? O que fazer quando você acorda e tem vontade de voltar a dormir, dormir para 'sempre'? O que fazer quando até a chuva parece cortar tua pele? O que fazer quando qualquer palavra mal colocada te faz 'sangrar' mais do que uma facada bem direcionada? O que fazer quando tuas lágrimas escorrem sozinhas? Ou já não escorre por escassez de tais?
Como agir? Como reagir? Ou melhor: porque reagir? A morte só é mais uma etapa da vida e ela, apesar de ser feita de encontros, obtém inúmeros desencontros... Quero reagir. Mas a dor é mais forte. É agonizante. O sangue escorre. Tuas palavras... Todas as palavras, já não doem tanto. O sangue continua a escorrer. Alívio. Enfim acredito encontrar a felicidade!"
Texto by: Jéssica Diniz <3' 

27 de junho de 2011

Minha dança favorita

 Sozinha naquela sala.Meus únicos companheiros eram o espelho, a luz e a música. Esta última embalava-me em desvaneios enquanto ensaiava alguns passos. A lua cheia, que nascia sob o teto de vidro do salão, agraciava-me com seu brilho. O céu totalmente estrelado fazia com que eu me sentisse em um sonho.
  Estava cansada. Já estava a dançar ballet há horas. Entregando-me totalmente à noite, dedicava-me ao ensaio para a presentação, que seria dali a dois dias. Sentada neste banco, suspirava e levantava para aumentar infimamente o som e sentar novamente. Não que eu não soubesse os passos, ao contrário, creio que o que realmente preocupava-me era a horrível sensação dos olhares curiosos e esperançosos da plateia.
  Acho que estava tão perdida em meus medos que nem reparei quando eke entrou na sala e sentou ao meu lado. Confesso que assustei-me ao perceber sua presença. E ele, deu aquele maravilhoso sorriso, abaixando a cabeça e colocando sua mão direita sobre a testa, olhando-me pelo canto de seu olho azul, tirando-me de órbita, como sempre.
  - Você precisa passar por um teste de déficit de atenção. Antes de entrar, bati na porta, chamei pelo teu nome e ainda disse 'oi' - disse ele, rindo de minha pequena distração. Suas palavras trouxeramme de volta ao mundo. Elas agiam como a gravidade em minha mente, e o ponto central era ele.
  - Ha, ha, ha. Muito engraçado você, um circo faturaria o triplo se te contratasse como palhaço. Oi.
  Ele ria. Acreditava que eu realmente estava brincando. E estava.
  - Você está linda. - dizia ele enquanto soltava meu encaracolado e comprido cabelo castanho claro, deixando-o cair sobre meus ombros escorregando por minhas costas. - Definitivamente, uma bailarina perfeita. Mas, será que minha bailarina preferida não está cansada e quer uma carona até o restaurante?
  Ele não deve ter percebido, mas me deixava a cada palavra mais encabulada.
  Olhei para o relógio e constatei que eram nove e vinte da noite, como que, por um reflexo, olhei para ele com uma expressão de disconfiança. Ele detalhou, erguendo sua mão direita:
  - Juro que coloco na bandeira 1.
  - Creio que seja melhor outro dia. É mais produtivo deixar o táxi para outra pessoa que esteja mais atrasada para o aeroporto do que eu. Desculpe-me, mas tenho que ensaiar.
  - Talvez o taxista não queira mais ninguém. E, além disso, você está  com uma aparência exausta.
  Ah, legal. O que aconteceu com o 'você está linda'?
  - Ok. Já que você não vai mesmo, eu lhe ajudo com o ensaio.
  De imediato, minha expressão equipou-se novamente com armaduras e escudos, mas depois aliviou-se. Lembrei que ele era obrigado a levar sua irmã para as aulas de ballet durante 9 anos. E, com muita preguiça de voltar à sua casa, ficava assistindo às aulas.
   - Tudo bem. Tive de conceder, ou não voltaria a ensaiar a tempo.
   Ele tirou sua jaqueta e a colocou sobre o banco. Levantou-se e estendeu sua mão para mim, como em um convite, e fomos para o centro do salão, direcionados ao espelho. Posicionei-me: pés entrelaçados, mão posicionadas. Ele abraçou-me por trás, colocando suas mãos sobre as minhas, fazendo o ar escapar.
   - Agora, comece a fazer sua ponta de pé, sem elevar as mãos. - explicou, cochichando em meu ouvido.
   Comecei minha ponta. Ele virou-me de lado, fazendo com que nossos corpos formassem um L. Em seguida, ele inclinou-me delicadamente 35º sobre ser braço direito. Sua mão esquerda tocava meu rosto, acompanhando minhas deliniações, mexendo em meu cabelo, parando em meu queixo, erguendo-o. Seu rosto se aproximava de mim, lentamente. Isso estava me deixando agoniada, com falta de ar, tonta. Finalmente nossos rostos se encontraram. Seus lábios tocavam minha testa, acompanharam a curva de meu nariz, beijando-o na ponta, terminando com um beijinho de esquimó. Depois, eles subiram até meu queixo e subiram. Pararam a meio centímetro dos meus. Senti o frescor de seu suave, encantador e estonteante hálito sobre os meus lábios enquanto ele dizia: 'Você é minha música favorita'. E, de um jeito inimaginável, do jeito mais perfeito possível, beijou-me.

18 de junho de 2011

Não sei mesmo

  Eu não sei.
  Tenho vontade de morrer,
  de sumir, de crescer, mas
  de repente, vem a vontade de viver,
  de sonhar, de cantar, de dançar.
  O que continua roubando minhas forças?
  O que me faz seguir?
  Não sei.
  Podem ir dias, horas ou anos.
  Mas que voltem com a resposta,
  porque Eu ainda não sei.



By: 'Ana Beatriz Rodrigues.<3'

16 de junho de 2011

 O problema vem quando você já não vive mais para si e sim para alguém que nem sabe que você existe...

9 de junho de 2011

  E se eu já não sei qual caminho seguir...
  Vão realmente me obrigar a escolhê-lo?
  Ou posso ir sem rumo, porque sei o que não quero.
  Não quero continuar a sorrir se tenho lágrimas internas.
  Não quero olhar para o passado e acusar o que poderia ter feito.
  Não quero pensar em algo que já ronda minha vida sem permissão.
  Não quero ter que ouvir sermão sobre o que devo ou não fazer, pois se essas vagas palavras fizessem efeito, o mundo seria perfeito.
  Agora, o que quero é descobrir um jeito de não sofrer mais por quem eu não sou, por quem ele quer que eu seja.


6 de junho de 2011

Poderia ser diferente?

  As primeiras palavras são aquelas que definem o rumo da vida, as últimas são aquelas que o delimitam. Se o vento sopra a face da discórdia com delicadeza, ele faz levantar a poeira da conciliação. Talvez não a qual ela desejava, porém a mais sensata. Será?
  O entardecer lhe dava a certeza de um destino obscuro, a falta de luz sobre seus pensamentos a deixava aflita. Cada segundo passava como espinho em suas suaves lembranças. Era pertubador. Como em um filme, cenas lamentáveis de sua vida transpostas em flashes rápidos Alienavam-na. Sentia escorrer sobre sua face algo que julgava ser lágrimas, visto que saiam de seus olhos.
  Com todas as luzes de sua casa apagadas, sentiu-se tentada a ir à cozinha. Foi o que fez. Parada, a frente de seu armário, somente iluminada com o calor do luar ao entardecer, sentiu novamente aquele estranho líquido escorrer sobre suas bochechas. Abriu a gaveta na qual guardava seus talheres mais pesados e delicadamente, pousou a mão sobre tais. Em um especialmente. A viagem dos pais tornara a situação propícia, não haveria outra. O objeto cutuicava-lhe a palma da mão, mas não era suficiente. Aplicou mais força, até sentir a dor que a sufocava emanar por seu sangue.
  Cada lágrima que escorria por seu rosto levava um pouco de sua aflição e abria a porta de boas-vindas para outras. Apesar da cozinha escura, podia ainda ver a vermelhidão de seu armário, antes bege. Já não tinha mais forças, a tontura a atacava com fulgacidade. Aos prantos, finalmente sentia-se feliz. A dor já não era tanta.
  Agarrou sua aliviadora e escorregou pelo armário, até sentar-se no chão.
  Sem chorar, cortava algo em seu braço. Risos. Sentia-se bem. Levou a faca até o pescoço. Próximo passo. Alívio permanente ou pertubações eminentes.
  Conforme sentia a faca roçar sua pele, de olhos fechados, podia ver os olhos espantados de curiosos ao lerem a manchete da manhã seguinte e dizerem: 'menina doida, tinha tudo que qualquer um poderia querer'. A resposta que desejava oferecer-lhes: 'Quantas pessoas conseguem olhar em seus olhos e dizer: "Eu sei que você não está bem."'. Por fim, ela finalmente conhecia a verdadeira alegria interminável da qual tanto ouvira falar por toda sua vida agora a possuia de maneira inexplicável. Os cortes não a machucavam mais.
  A noite caia. A lua emergia de algum lugar. Não importava. Horas corriam por entre os ponteiros vagarosos. Corriam tanto que o sol voltava a brilhar no céu triste, nublado.
  Os pais da menina chegaram há pouco da viagem. Ainda batem na porta, sem resposta...

3 de junho de 2011

Sing to My Life

  Entre outras maneiras que temos de expressar, aliviar, fortalecer ou enriquecer um sentimento, de dizer ou calar pessoas e pelavars, a música parece brilhar. É como se a música fosse uma estrela, com luz própria, que serve como guia ou tentação, que, por mais que o céu esteja escuro, sempre há uma para brilhar e lembrá-lo de que amanhã sera outro dia...
 Assim como o céu, as canções também têm suas 'fases'. São compostas de músicas que traduzem o ininteligível. São momentos em que falamos sem palavras.
  Suas fases? Podem ser:

  • A indecisão de quem você é, para saber quem você será. Alivia a dor, a chamada crise existencial:
" Everything I do
Is making me more confused
Oh, it used to be easy
All I had to be was me
Now I'm mixed up
Everywhere I go
Is somewhere that I don't know
Oh, I'm hoping that I'm dreaming
'Cause I'm sick of this feeling
I'm mixed up
Somebody help me"
Hannah Montana (Miley Cyrus) - Mixed Up

  • O amor desiludido, um sentimento que não cura. Afinal, você não pode parar de amar...
"Tell me what to do about you
Is there any way, anything
I can say won't break us it two
Cuz It's been a long time coming
I can stop loving you
Tell me what to do about you "
Demi Lovato - What To Do

  • A 'superlotação' de confusão. Um belo BASTA, e tudo acaba.
"Pretty pretty please
Don't you ever ever feel
Like you're less than fucking perfect
Pretty pretty please
If you ever ever feel
Like you're nothing
You're fucking perfect to me"
 P!nk - Fuckin' Perfect

  • A valorização de quem se ama, perto ou longe, amigo ou pai, irmão ou um amor mais forte...

"My wish for you is that this life becomes all that you want it,
To your dreams stay big and your worries stay small,
You never need to carry more than you can hold.
And while you're out there getting where you're getting to,
I hope you know somebody loves you
And wants the same things too,
Yeah, this is my wish."
Rascall Flatts - My Wish
 
 
Então, ao fim, você estará completo, e em seus céus as constelações mais lindas voltarão a brilhar...

    20 de maio de 2011

    Lágrimas Suspensas

      Por que é tão incomodo vê-la chorar? Por quê? Se na realidade, ver alguém chorar outriste é um dos atos mais banais em nosso cotidiano. Mas, aquela cena deixou a todos perplexos ou, um pouco além, procupados e angustiados.
      Ela, que sempre teve um sorriso estampado no rosto, uma rosa na mão por ela era entregue a todos que lhe ofereciam espinhos, que nunca expressou a menor ponta de uma simples tristeza passageira em seu rosto, agora estava lá, a chorar.
      Será que é porque, em algum momento, a sociedade esqueceu que ela é um ser humano? Ela também é uma garota comum. Sua armadura florida e alegre agora transformou-se em uma ferida negra e doentia.
      Decepção. A descoberta de que uma garota perfeita não existe. Mulher-maravilha, mulher-gata também desenvolvem sentimentos e têm lágrimas. É só a trama que a vida arma. A arte de se ter a qualidade mais defeituosa existente: ser humano.


    Disponível tbm em: Those Things

    5 de maio de 2011

    Moedas

       Dentre tantos outros problemas, qual seria o valor deste? Quem sabe, uma lágrima de quatro ou cinco amigos, sem contar com os familiares mais próximos. O que resultaria em 10 ou 8 pessoas aproximadamente? Nada muito além do limite, acho que até seria um preço justo. Ah, também tenho que pensar no valor financeiro. Sim, este custa bem mais que o emocional. A taxa de cambio, hoje, para a sociedade, está cada vez mais alta. A tão suja moeda que hoje vale por um beijo ou algo mais carinhoso. Um abraço? Creio que hoje custe caro demais. E a morte? Se é a esta que me refiro desde o primeiro pingo de caneta no papel, vamos analisar. Quanto custa a morte? Ou, para não ficar tão pesado para os inocentes assassinos e soldados de guerra, o que ou quanto vale uma moeda?
       A morte, para começar, não tem preço. Não é isto que os adultos nos ensinam desde pequenos? Pois sim, a morte não tem preço. O assaltante ali da esquina tentou roubar uma joalheria de uma jovem nesta manhã. A jovem, com o susto, gritou. Agora, aquele rapaz que cometeria somente um furto, deveria ser julgado por um latrocíneo. Interessante. Mas, ainda nesta manhã, naquela lanchonete da rua de trás, um empresário famoso morreu logo após de ter seu notebook roubado. Assassinado. Vejamos, então. Quanto vale a morte? A resposta mudou. Vale uma joia ou um computador. Caro não?! Continuando. Milhares de soldados vão às guerras lutarem por sua pátria. Vão defender uma nação com tudo o que tiverem, nem que seja com a vida. Matam. Morrem. Já não sabem mais qual seu papel: se é matar para não morrer ou matar para não morrer. Independentemente, morrem e matam. Ora, a morte, que já era cara agora vale um país. Ou melhor, vale a vida alheia.
        Dentre tantos outros problemas, qual seria o valor deste? Quem sabe, uma lágrima de quatro ou cinco amigos, sem contar com os familiares mais próximos. O que resultaria em 10 ou 8 pessoas aproximadamente? Nada muito além do limite, acho que até seria um preço justo.

    4 de maio de 2011

    Um pouco de tudo, um pouco de nada

       Um cantinho para expor minhas ideias, opiniões, sentimentos, conversas. Um cantinho de revelar segredos, pensamentos, desejos. Um cantinho para contar músicas, histórias, piadas (sem ou com graça - a maioria sem). Um cantinho para inventar estrelas e virar cometas. Um cantinho onde eu possa ser eu, onde eu possa ser e ter alguém. Quem? Ainda é um mistério... Quem sabe nesse cantinho eu não o encontre?

      Um pouco de tudo, um pouco de nada... Muitas coisas misturadas, muitas coisas separadas. Não sei extamente o que colocarei aqui, mas tentarei fazer com que seja o que eu realmente desejo!