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30 de julho de 2011

O real imaginário

Gritos e mais gritos. Gritos de pavor, gritos de desespero. Gritos fracos e ratejantes, apensa ecos de mais um momento de tortura imaginária. Agora que o terror passou, as pessoas ao meu redor começam a tentar se aproximar de mim. Não para me ajudar ou me perguntar se estou bem, mas para voltar ao seu destino. Olham-me estranhamente, como se me julgassem louca. Parecem temer. Será que eles não sabem que sou normal, que sou gente, que sou humana? Que sou igual a eles?
Espere! Há alguém se aproximando... O que ela quer? Por que ela não se afastou de mim como todos os outros? Ela estendeu a mão para me ajudar a levantar. Relutante por um momento, resolvi aceitar. Só então me dei conta de minha situação: sentada no chão, com minhas malas semi-abertas, a roupa que eu vestia estava suja e até um pouco rasgada, Creio que essa mulher percebera minha percepção de mim mesma, pois ela sorriu tristemente para mim:
- Vamos, vou ajudá-la a se recompor... - e assim me levantou, ajeitando sua bolsa em seu ombro. Pediu para um funcionário do aeroporto deixar minhas coisas junto às dela.
Ao chegarmos no banheiro, não pude deixar de notar-me do outro lado do espelho. Com uma visão mais ampla, pude perceber quem eu era, uma garota maluca sozinha em um aeroporto, com sua vida entregue a uma mala com roupas. Enquanto eu me apresentava a mim mesma, a desconhecida me auxiliava com meu cabelo. Ela falava, mas, no momento, incompreensível para sua receptora. Ouvi ela me perguntar se eu estava cosciente do que havia ocorrido há minutos, assim que me virou para organizar as cores que se misturavam em meu rosto. Fechei os olhos para ver se conseguia me lembrar de algo, oq ue facilitou para minha ajudante tirar algo de meus olhos. Quando voltei a abri-los, fiz com a cabeça que não. Ela riu, delicadamente e perguntou se poderia me contar. Sem coragem para pronunciar qualquer palavra, pedi com um olhar suplicante que não me escondesse nenhum detalhe.
Claro! Era óbvio! Mais um de meus ataques de loucura, mas... parecia tão real!
- E foi real. - confortando-me, parecia que ela lia meus pensamentos - Real para você, no seu mundo. E é isso que realmente importa...
Algo quente escorreu por minhas bochechas, levando consigo um sentimento indefinido, acho que era a lembrança de que acontecera, e deixando um rastro de rímel que minha ajudante passara em meus cílios.

15 de julho de 2011

SKYSCRAPER - Demi Lovato

Skies are crying                                                                                              
I am watching                                                                            
Catching teardrops in my hands                                                 
Only silence as it's ending, like we never had a chance                
Do you have to, make me feel like there is nothing left of me?      


You can take everything I have
You can break everything I am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!

As the smoke clears
I awaken, and untangle you from me
Would it make you, feel better to watch me while I bleed?
All my windows, still are broken
But I'm standing on my feet
 You can take everything I have
You can break everything I am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!

Go run, run, run
I'm gonna stay right here
Watch you disappear, yeah
Go run, run, run
Yeah it's a long way down
But I am closer to the clouds up here

You can take everything I have
You can break everything I am
Like i'm made of glass
Like i'm made of paper, Oh
Go on and try to tear me down
I will be rising from the ground
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!
Like a skyscraper!


Não vou ficar bem!

Querido Diário....

    Por que todos me mandam ficar bem? Será que eu não posso ter meus momentos? E, ficar bem para que? Para manter as  aparências e não deixar transparecer aos 4 ventos que meu mundo já desabou? Claro, afinal, vivemos em uma sociedade de aprências, na qual me sustento entre ruínas, com falsos sorrisos que doem naqueles que os sentem em sua real essência; numa sociedade na qual todos querem controlar e comprar sentimentos, aflições e medos alheios; nunma sociedade a qual seu hobby é ignorar justificativas de sofrimento de terceiros e tentar justificar de maneira suja a dor que causa. Quer uma prova? Por que me mandou ficar bem se nem sabe ou, ao menos, compreende o porquê de eu estar mal? Muito prazer, esse é o nosso caráter, nossa personalidade inegável.

11 de julho de 2011

Traduções ... (1)

  •  Quando eu digo que preciso ouvir palavras ou vozes amigas não significa que preciso ouvir conselhor ou sermões, mas sim que eu ficaria extremamente grata somente por me ouvir e, no final, dizer: 'estou aqui, como você, sempre'

9 de julho de 2011

A Menina Que Não Sabia Ler

 
  Segundo o autor:     John Harding
'Na Tradição de Henry James e Edgar Allan Poe, uma história incrível sobre uma menina e o poder de sua imaginação.
1891. Nova Inglaterra. Em uma distante e decadente mansão, onde nada é o que parece, dois irmãos são negligenciados pelo seu tutor e tio. A jovem Florence, de apenas 12 anos, passa os dias cuidando de seu irmão mais novo Giles e perambulando pelos corredores, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que, um dia, a menina encontra a biblioteca proibida da mansão, e apaixona-se por ela.
Mas existem segredos sombrios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Por que Florence se sonha com uma misteriosa mulher que insiste em ameaçãr seu irmão? O que esconde a nova perceptora? E por que o tio não permite que ela aprenda a ler? Florence precisa encontrar muitas respostas - sejam elas inventadas ou não, e soluções nem sempre fáceis para proteger Giles, e o seu amor pelos livros, antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário.'

  Segundo a leitora:     Ou seja, eu! =P

   Um livro que te prende na história, que consegue te envolver e te faz sentir tudo o que torna a cabeça da pequena Florence uma verdadeira confusão... Na tentativa de proteger a si mesmo e ao irmãozinho Giles, a garota passa por muitas aventuras, principalmente em seu mundo secreto: a Biblioteca! A história vai ficando sufocante a medida que a Senhorita Taylor se aproxima de Giles... Utilizando-se de detalhes mórbidos, a aflição que nossa narradora provoca vai se transformar em um mosaico macabro apaixonante. E dois medos que a consomem, envolvendo seus dois amores: A biblioteca e seu irmão.
    E, só para lembrar: quando um autor faz um livro em primeira pessoa, ele quer te convercer de algo... E de que será que nossa garota Florence quer te convencer?

"O cisne
 Foi em abril, eu me lembro, embora em meu espírito fosse dezembro,
Que um pássaro ferido foi retirado do lago,
As penas brancas bilharam ao sol, e de sua boca escorreu a água negra,
Enquanto por dentro minha voz gritva até pensar que meu coração iria se partir;
Fui eu quem assistiu à sua morte, seguindo à deriva, à deriva, esperando em sua vigília
Que Deus levasse sua alma"

7 de julho de 2011

Sob o sol

   E então o sol brilhou. Brilhou como nunca havia brilhado. Seu coração se acalmou, e um esboço de um sorriso surgia em seu rosto... Sentada a beira-mar, a brisa da solidão soprava seu rosto, os fios de cabelo dourados eram jogados em sua face. Agradava-lhe aquela sensação... Sozinha, completamente só. Sim, era isso que ela havia buscado a tanto tempo. Mas, por que eles não voltaram? Por que não insistiram em lhe fazer companhia? Ela não falara a sério em seu discurso... Ninguém percebeu. Claro! Ninguém reparou na lágrima errante que percorreu seu rosto, ninguém reparou no tom estérico  de sua voz, ou talvez todos houvessem reparado... Mas também, o que importa? Já faz tanto tempo... E por que? Por que não estavam sentados ao seu lado nesse momento? Seria necessário pedir? Pedir para que seus amigos a conheçam? Pedir para que eles a critiquem, a auxiliem, briguem, gritem, irritem... a ame... a ajudem... cuidem... se preocupem? A maré umidecia seus pés, acariciando-a, como se trouxesse a resposta, como se mandasse um aviso. Acreditaram que ela estava bem na primeira resposta, não!Ela até poderia estar bem, mas não tão forte quanto achava... Um. Dois. A respiração audível, nesse instante, foi interrompida pelo som de grãos de areia amassados. As pegadas se aproximavam cada vez mais. Estava acelerada, e acelerando continuava. Ela fechava os olhos, a luz solar foi dando espaço a sua inimiga, a escuridão. Fechar os olhos ajuda a diminuir a curiosidade e os  anseios. Os passos estabilizaram, estáticos, sem oscilações. Agora, estavam parados atrás da menina, a um centímetro para encostá-la. Novamente, a única coisa que ela ouvia era sua respiração. Ao virar-se, obriu os olhos. Ela pôde, assim, perceber que seu novo companheiro era só a sua mente, pois a brisa voltou a soprar sua face sem nenhum obstáculo. Não há como negar: ela está sozinha.
   E, mais uma vez, a última folha da árvore da esperança pousa no chão em uma tarde de primavera

2 de julho de 2011

Tantos Machucados



"Tão fria. Tão grossa. Tão seca. É assim que ela se torna depois de tantos machucados.
Mas... O que fazer quando você sente que teu mundo está a desmoronar? O que fazer quando nada mais parece lhe fazer sentido? O que fazer quando teus próximos não gostam de teus próximos? O que fazer quando você acorda e tem vontade de voltar a dormir, dormir para 'sempre'? O que fazer quando até a chuva parece cortar tua pele? O que fazer quando qualquer palavra mal colocada te faz 'sangrar' mais do que uma facada bem direcionada? O que fazer quando tuas lágrimas escorrem sozinhas? Ou já não escorre por escassez de tais?
Como agir? Como reagir? Ou melhor: porque reagir? A morte só é mais uma etapa da vida e ela, apesar de ser feita de encontros, obtém inúmeros desencontros... Quero reagir. Mas a dor é mais forte. É agonizante. O sangue escorre. Tuas palavras... Todas as palavras, já não doem tanto. O sangue continua a escorrer. Alívio. Enfim acredito encontrar a felicidade!"
Texto by: Jéssica Diniz <3'